segunda-feira, 25 de junho de 2012

Uma quase epopeia moderna

Estou em um mundo que não zela o só.
Sinto pena daquele que pensa sentir-se bem consigo próprio.
Não existe o conceito de felicidade quando estando só.
A felicidade só existe quando compartilhada.
E esta é a máxima da realidade humana.

Nascemos e somos catequizados a crermos na existência de alguém que nos livrará da ausência.
Quanta tolice!
Pensamos em tampas de panelas, sandálias velhas e outras tantas quinquilharias para parodiar estas situações.
No fundo brincamos com a própria constituição da existência à solitude.
Forjam-se em diversos parâmetros, cabendo todos em um pequeno cilindro a que chamam: Sociedade.

Façam de tudo para parecerem o mais normal e atrativo possível, pois todos estão à espreita.
Escutem as vozes vindas de uma caixinha acústica. Obedeça-a. Elas sabem mais do que qualquer outro ser humano.
Corra desesperadamente. Exercícios fazem bem. - Então corra.
Corra para o trabalho, corra para casa, corra para o cinema, corra dos assaltantes, corra da Receita Federal, corra para sua mãe e chore.
Emagreça...Afinal, se você está só, olhe para sua barriga e terá a resposta.
Corte os carboidratos, corte os lipídios, as vitaminas, ferro, fósforo e o pulso.
Escolha sua melhor roupa.
A cara. A marca, a grife, o glamour. Gucci, Cavalli, Fendi, Prada, Valentino...
Não coma, não beba, não viva senão para elas. Parcele em quantas vezes necessárias, mas tenha-as.

É! Talvez não vivamos em um mundo tão normal assim.
Mas, por fim, me pergunto: Sou eu, ou foi o mundo que enlouqueceu?
Minha única esperança foi a de encontrar a felicidade compartilhada sendo quem sou.
Agora posso dizer: Sinto pena de mim!

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