sábado, 18 de setembro de 2010

Hum...E de novo este tédio.
Este sentimento de vazio. Como se nada fosse capaz de me preencher.
E tudo o que quero é beber. Beber muito.
Parece que até as antigas canções que geralmente me fazem tão bem já não são tão eficazes.
Ouço desapercebidamente e quando vejo, foi-se.
Volto naquela mesma velha canção e procuro resgatar em cada um dos estrofes, cada sinfonia, o sentimento que antes me acometia, os pensamentos que vinham.
Tudo parece tão inútil, e por vezes surreal.
E depois, um cansaço. Um sono. Creio ser uma espécie de somatização de tanto tédio preso, estocado.
Hum...talvez!
Há mto tempo eu não postava. Não comentava uma vírgula.
Mas para falar a verdade, eu não sei exatamento o que quero (ou se realmente quero).
As vezes tudo parece tão confuso, e não sei se quero que seja assim, se sou assim, ou se me faço assim.
Como se eu não houvesse uma identidade, algo que me fizesse ser o que sou.
Sempre gostei tanto de tantas coisas, sempre quiz ser um pouco de todas as coisas e neste emaranhado, eu me perdi.
Quem sou eu?
São questões fúteis e desnecessárias mas que se tornam imensamente aflitivas. Questões que quero, exijo respostas. Isso me torna humano, me torna racional e consciente que como ser vivente, possa escolher se quero ou não ser o que sou.
Mas em verdade, sinto também como se não houvesse escolha, como se minha vontade houvesse sido roubada.
Olho para os outros e confesso sentir uma inveja da felicidade alheia, dos casais que beijam uns aos outros e sussurram palavras doces em seus ouvidos.
São como farpas em minha alma. Como se nunca houvesse ninguém para mim, como se a felicidade não fosse feita para mim, e caso contrário, houvesse apenas me esquecido.
Como se nunca houvesse sido feliz uma vez na vida. Me sinto violado, roubado.
Quero ter alguém para amar e não ser tão só.
Alguém que me busque no sábado a noite, abrace-me e diga no meu ouvido que também me ama.
Que venha me buscar para sairmos para algum bar e nos divertir com amigos. Esquecer do mundo, esquecer de mim e enchergar apenas aquele com quem estou.
Entrelaçar as mãos, fechar os olhos, tocar os lábios, e viver apenas para aquele momento. Como se toda a minha vida fosse este único e breve momento.
Hum...Parece tão distante.
Em verdade, não sei! Sempre me mantive tão distante, tão defensivo de sentimentos assim.
E começo a sofrer, pq talvez este bloqueio jamais seja ultrapassado.
A chance de conhecer um rapaz ou moça legal torna-se infrutífero por pensamentos, sentimentos tão conflitantes; seja por medo ou angústia. A aproximação me assusta, embora tudo a que eu faça seja única e exclusivamente para passar por estes momentos.
A vida as vezes parece tão infeliz e injusta. Não tenho vontade de viver.
Não me lembro da última vez que tive vontade de viver.
Vejo-me como um vegetal que apenas pelo momento em que seca e morre.
Assim vivo a minha vida. Sem perspectiva, sem esperança, apenas sentado esperando pelo dia em que eu morra.
Hum..mas também são apenas pensamentos.
¬¬