domingo, 25 de setembro de 2011

Cansado de mim mesmo.
Cansado de ser quem sou, ou quem não sei. Preciso dissociar isto ainda.
Parecem todos estarem cansados de terem que me aguentar, de terem que me carregar.
Sinto novamente o vazio caracterológico com uma mistura de negativismo, apatia, tristeza.
Quero chorar.
Quero me matar.
Chego a um ponto que me olho no espelho e não sei o que vou enxergar, se uma pessoa linda e agradável, ou um amontoado de lixo.
Queria que as pessoas me entendessem, entendessem e pudessem também sentir minha dor; talvez desta forma me deixariam em paz, considerariam logo como caso perdido e me abandonariam.
Sei que este pensamento é ridículo, me torna menor que um animal..mas é tudo o que quero.
Hoje em especial. Sei que todos não se importam, mas paradoxalmente eu sinto que preciso acreditar que alguém ainda liga para isso tudo.
Começo a fantasiar coisas...me torno um psicótico.
De repente, quem eu gosto está olhando para outra pessoa.
De repente vejo flertes, vejo trocas de olhares, palavras sussurradas.
Ao mesmo tempo, de quem eu gosto, tem apenas 15 minutos que a conheço; de um modo estranho, amor para mim é instantâneo.
E que ódio isso me dá.
De repente, a figura boa do Lucíolo foge. Não existe mais o belo Lucíolo.
O Lucíolo provocativo, amigo, espontâneo.
Surge o Lucíolo podre, fétido. Um excremento.
Gordo...mto gordo. Feio. Arrependido.
Só estas três coisinhas. Mas suficientes para destruir com minha vida.
Três coisinhas decisivas, que me colocam entre tentar ou não me matar...novamente.
Sabem realmente como me sinto?
Como se houvessem espancado meu ego. Espancado minha personalidade.
Acho que quero dormir e nunca mais acordar.
Quero vegetar. Me anestesiar de mim.