sábado, 13 de novembro de 2010

Fantasias obsessivas.

Oh! Me sinto violado.
Como se houvessem ultrapassado o limite de minha própria vontade, atingido o limiar para uma fúria iminente.
Como se houvessem me despido, e agora me sinto inseguro, sem qualquer defesa.
Talvez seja este o motivo de nunca haver divulgado tal blog, permanecendo cada um destes pensamentos, poemas, contos em um extremo sigilo.
São palavras que preenchem minha alma e tomam um contorno silábico, formando aquilo que sou. Aquilo no mais profundo que possa existir em um ser humano.
Idéias das quais recusamos pensar, ou sentir tais emoções.
Sempre me afirmei com tanta veemência ser um sujeito que nega a si sentimentos fraternos ou de afeição ao próximo. Algo com que chamam de amor.
Nunca acreditei nesta instância e tampouco me fiz conhecedor de tal.
Negação é um dos mecanismos de defesa mais primitivos e prematuros que o ser humano adquire.
O fato é: Tornar tais pensamentos públicos seria o mesmo que descobrirem que sou capaz de amar, portanto, suscetível a defeitos; tendo o amor como um próprio defeito.
Um defeito ou fraqueza irremediável que nos reduz às mais inóspitas cárceres afetivos.
Nos tornamos escravos de nossos sentimentos, de nossos pensamentos que tomam autonomia.
E tudo é tão ameaçador! Que não saibam quem sou além daquilo que desejo mostrar ou manipular.
Talvez eu esteja certo em pensar que amor é para os fracos. Talvez eu esteja enganando a mim mesmo, já que de fato, não te-lo vivido não necessariamente refuta tal sentimento.
Sou um ser humano extremamente romantico e romantizado em formas mais arcaicas e obsoletas possíveis. E talvez isto me torne realmente especial. Uma espécie extinta de extrema raridade, mas que aos olhos dos demais possam provocar apenas sarcasmo, cinismo ou indiferença.
Talvez o olhar de reprovação sobre tais conteúdos de extremo pesar afetivo possam ser a justificativa principal de ainda não haver escrito um livro, ou divulgado estes textos, ...
O olhar de reprovação alheio enudece e arranca todas as defesas, nos torna vulneráveis a quaisquer tipos de ofensas ou elogios.
Não gostaria de ser constantemente apontado como "o garoto que escreve sobre (...)" tal assunto. Não gostaria que olhassem pra mim e reconhecessem um ser humano com capacidade de amar.
Não gosto que olhem para mim e vejam um garoto solitário. Isto é fraquesa, e tais adjetivos eu nego.

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