quarta-feira, 5 de maio de 2010

Quero que saiba...

Que todos saibam que um dia eu fui feliz!
Sim! Já sonhei. Já, por inúmeras vezes, sorri.
E vez pós outra, me pego sorrindo novamente.
Mas algo me falta.
Não sou como vós demais que aproveitam a felicidade.
Sou como poucos que passam pela felicidade, pensando nas tristezas que os aguardam.
Pensando no caos do mundo que gira enquanto rio, rio, rio.
Não sei se queria ser diferente.
Axo que queria muito fazer as coisas diferentes. Mas não tenho esperanças.
Axo que tudo o que faço é sempre errado. A opção errada a se tomar, a alternativa errada a se arriscar.
Amo o sorriso, amo a felicidade. Amo o amor.
Mas temo encará-los. Vivê-los.
São peças fundamentais do existir humano. No que me tornei?
Estou em uma sub-vida. Mas não me preocupo, em horas estarei sentindo-me radiante.
Tenho medo do agora, do futuro.
Tenho medo de deixar de existir, resultado de uma burrice que resolve fazer agora.
A morte não me assusta, a escuridão me atrai, o silêncio me é prazeroso.
Poderia nestes cantos mórbidos encontrar a felicidade?
Posso no braço da morte encontrá-la em profundo sono? Esquecida, amargurada, refugiada, inconsolada.
O que faz tão distante do meu coração?
Minha vida caminha a passos minúsculos a um futuro incerto, cercado por vale negro, úmido e fétido. E de todos os caminhos já passados, nenhum me levou a qualquer lugar...
Sabe?
Estou cansado de escrever..
Estou exausto de viver.
Quero dormir apenas.

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